Convulsões ocorrem em cerca de 10% das pessoas com NF1.

Um dos estudos científicos mais completos sobre epilepsia nas pessoas com NF1 foi publicado em 2013 (artigo completo em inglês VER AQUI).

Os resultados mostraram que:

  • Pelo menos um episódio de convulsão ocorreu em 9,5% das pessoas Além disso, convulsões repetidas (epilepsia) foram encontradas em 6,5% delas. Estes dados indicam que as convulsões e epilepsia são mais comuns nas pessoas com NF1 do que na população em geral (de 1 a 2%).
  • O tipo mais comum de convulsões foram as focais (57%), mas algumas pessoas apresentaram convulsões generalizadas.
  • Mais da metade dos eletroencefalogramas apresentou alterações, principalmente focais. Um eletroencefalograma normal não excluía a epilepsia.
  • Em 40% das pessoas com NF1 (que apresentaram crise convulsiva), novas alterações na ressonância magnética foram observadas depois de uma crise convulsiva, sugerindo que novas anormalidades estruturais do cérebro foram responsáveis pela convulsão. Portanto, esta observação justifica a realização de novos estudos de imagem diante de um episódio convulsivo numa pessoa com NF1.
  • As hiperintensidades em T2 na ressonância magnética ocorreram em 67% das pessoas e podem estar mais relacionadas com as convulsões quando localizadas na substância branca subcortical ou mesial.
  • No estudo, 77% das pessoas necessitaram de mais de uma droga anticonvulsivante para o controle de suas crises. Ao contrário, na população em geral, 50 a 70% das pessoas, as convulsões são controladas com apenas uma droga. Este dados contrariam informações anteriores de que o controle das convulsões seria mais fácil nas pessoas com NF1.
  • As dificuldades de controle medicamentosos das convulsões nas pessoas com NF1 sugerem que elas podem necessitar mais de cirurgia para a contenção das crises. Neste sentido, os melhores resultados foram observados quando houve a remoção de um glioma num dos lobos cerebrais. No entanto, mais estudos são necessários para a definição dos critérios clínicos que indicam o maior benefício da cirurgia nas pessoas com NF1 e epilepsia.
  • Em conclusão, os pesquisadores acreditam que pessoas com NF1 e convulsões requerem tratamento mais agressivo do que pessoas sem NF1, incluindo a cirurgia, quando necessária.
  • Portanto, a presença de convulsões numa pessoa com NF1 torna necessário o acompanhamento com especialistas em neurologia.